Comércio em 2014 e a crise energética

4 de mar de 2015

A partir da divulgação pelo IBGE dos dados do índice de volume de vendas de dezembro de 2014, foi possível analisar os resultados finais do ano passado para o comércio varejista de Minas Gerais. O índice cresceu 2,6% para o comércio varejista restrito e -0,2% para o comércio varejista ampliado, sendo que estes resultados foram melhores do que em 2013, 0,9% e -0,4%, respectivamente. Em termos dos setores que compõem o índice, o destaque foi para o setor de outros artigos de uso pessoal e doméstico, crescimento de 9,4%. Em contrapartida, o setor de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação apresentou o maior decrescimento (-16,0%).

Ao relacionar o índice de volume de vendas do comércio varejista de Minas Gerais com o índice de produção física da indústria da transformação observou-se que houve uma diferença maior nos últimos meses de 2014 com uma leve melhora para o comércio. Esse descompasso esteve relacionado ao movimento de redução de pedidos por parte dos comerciantes, as tentativas de manter o nível ideal de estoques e as perspectivas fracas tanto do lado da produção quanto das vendas.

A área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG também analisou a possibilidade de uma crise energética e seu efeito direto sobre o volume de vendas do comércio do Estado. Apesar da atividade comercial não ser intensifica em energia, sua utilização é essencial no cotidiano do estabelecimento. Como a crise hídrica não está resolvida e ainda não estamos na estação seca, a crise energética não está descartada. O estudo realizado pela área identificou que o racionamento de energia gera efeitos diretos muito baixos sobre as vendas do comércio varejista. O motivo disso é que o consumo de energia elétrica do comércio de Minas Gerais é 1,4% do total consumido no Brasil e as vendas respondem muito pouco às reduções de consumo de energia. Porém, não se descarta os efeitos indiretos oriundos de outras atividades econômicas sobre o comércio.

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