Resultados do Índice de Volume de Vendas do varejo

10 de mar de 2015

Ao contrário do Brasil, que acelerou o ritmo de tendência negativa nas vendas do comércio de varejo, Minas Gerais ainda teve resultados  melhores  em  2014  do  que  em  2013.  O  volume  de vendas do comércio varejista restrito de Minas Gerais variou 2,6% em 2014 em relação ao ano anterior. Essa taxa havia sido 0,9% em 2013. Para  o  comércio  varejista  ampliado,  que  considera  o mercado varejista e atacadista de veículos e motocicletas, partes e peças e também o setor de material de construção, os resultados foram negativos. A variação alcançou -0,2% em 2014, melhor do que -0,4% de 2013.

Cinco em dez dos setores que compõem o comércio varejista ampliado apresentaram  taxas  positivas,  com destaque  para outros artigos de   uso   pessoal   e   doméstico   (9,4%),   artigos   farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,6%) e combustíveis  e lubrificantes (3,2%). No entanto, entre os setores que apresentaram taxas negativas, o de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação teve queda acentuada (-16,0%), seguidos de livros, jornais, revistas e papelaria (-7,6%) e veículos, motocicletas, partes e peças (-5,5%).

Os resultados fracos registrados desde 2013 são consequência do esgotamento  do  processo  de  crescimento,  que  foi  estimulado quase  exclusivamente  via  consumo.  É  uma  política que  trouxe bons resultados para o comércio e um exemplo foi o ano de 2010, porém essa política não é sustentável por longos anos, principalmente se não vier acompanhada de investimentos. O ano de 2014 foi eleitoral, de pressões inflacionárias e desestimulação do crédito, entre outros fatores que não foram propícios ao crescimento e culminaram no cenário de incertezas em que ainda nos encontramos.

Com um ano de ajustes em 2015, novos desafios ainda estão por vir. Porém,  há uma esperança  de melhorias.  Está  havendo  uma reorientação da política fiscal e monetária em busca da solidez de pilares econômicos essenciais para criar um ambiente que reduza os riscos de investimentos, e assim, promover o crescimento. Essa reorientação,  se  persistir,  possibilitará  melhores  resultados  em 2016.

 

 

 

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