Reflexos da conjuntura econômica na taxa de desemprego

9 de jun de 2015

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, no dia 3 de junho, os dados referentes à Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio Contínua (Pnad) para o trimestre móvel* encerrado em abril de 2015. A taxa de desemprego no Brasil chegou a 8%, índice 0,9 ponto percentual (p.p.) superior ao apresentado no mesmo período de 2014, e 1,2 p.p. maior que o trimestre imediatamente anterior. O rendimento médio real da população, por sua vez, apresentou uma leve queda de 0,4% em relação ao mesmo trimestre de 2014 e de 0,5% em comparação com o trimestre encerrado em janeiro, totalizando R$ 1855,00.

A população ocupada cresceu 0,7% no período de 2015, frente a 2014, a menor geração de postos de trabalho desde o início da série, em janeiro de 2012. Comparando com o trimestre imediatamente anterior, essa taxa reduz em 0,6%. Para o economista da Fecomércio MG Guilherme Almeida, a geração de vagas no período reduziu e, como consequência, mais pessoas estão buscando trabalho.

“O cenário econômico contribui para a elevação dessa taxa. Essa conjuntura de grande incerteza gera uma insegurança para toda a população e para os empresários que empregam nos setores. Esperava-se que o mercado absorvesse a população ocupada após o primeiro trimestre, mas isso não ocorreu. A piora nos indicadores e a baixa atividade agravaram ainda mais a situação”.

A pesquisa mostra ainda que houve redução de empregados no setor privado, com e sem carteira de trabalho (1,1% e 3,6%, respectivamente), tanto na comparação com o trimestre anterior quanto no mesmo período de 2014. “Houve uma elevada perda no emprego; muitas pessoas, devido à falta de oportunidade, acabam migrando para a informalidade, enquanto outras entram no grupo dos que estão procurando emprego, contribuindo para a elevação da taxa”, ressalta Almeida. A maior redução do emprego foi observada no setor de construção (-3,7%).

*Trimestre móvel: considera três meses anteriores à sua base de apuração. Sendo assim, os 8% apresentados nessa publicação refere-se aos meses de fevereiro, março e abril. O indicador que será divulgado no próximo mês contemplará os meses de março, abril e maio, e assim por diante.

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