Programa acelera crédito para empresas

30 de ago de 2017

A busca por crédito rápido e com menos burocracia dificulta o desenvolvimento de micros, pequenas e médias empresas no Brasil. Mas uma iniciativa do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tende a mudar esse panorama. Na última semana, a instituição lançou o programa BNDES Giro, que permitirá ao empresário que pedir financiamento por meio de uma plataforma digital saber se está apto a recebê-lo já no ato do pedido.

Caso o requerente esteja apto, o crédito para capital de giro estará disponível na conta da empresa em até 24 horas, segundo o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Atualmente, esse processo pode chegar a 60 dias, conforme o Ministério. “O BNDES Giro está integrado ao novo sistema de aprovação automática de operações do Banco. Esse processo, de retorno em curtíssimo prazo, beneficia o mercado, ao reduzir a burocracia e o prazo, e dá mais dinâmica às operações”, ressalta o economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida.

O programa deve injetar R$ 20 bilhões em crédito a essas empresas até agosto de 2018. Com isso, o governo acredita dar mais um passo para a retomada dos investimentos no país. O BNDES Giro também contempla uma redução de 0,6% na taxa de juros para concessão do financiamento, o chamado spread, que caiu de 2,1% para 1,5%. Para Almeida, essa não é a única vantagem do programa. “O custo financeiro às empresas se dará com base na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), uma taxa mais atrativa que as praticadas no mercado”, avalia.

De acordo com o Ministério do Planejamento, as micros e pequenas empresas pagarão a TJLP mais 1,5% pelo financiamento, enquanto as médias empresas terão que arcar com 50% da TJLP, mais 50% da Selic – a taxa básica de juros – e mais 1,5%. Os bancos, que são os agentes financeiros dessas operações, terão o direito de acrescentar ainda o custo do risco de crédito.

O economista da Fecomércio MG espera que o volume de empréstimos liberados cresça com a redução da burocracia e do tempo, levando micros, pequenos e médios empreendedores a investirem em seus negócios. “A consequência natural desse ciclo é a geração de mais empregos e renda ao país”, lembra Almeida.

Só em 2016, as micro e pequenas empresas contrataram 9 milhões de trabalhadores no país, como apontam dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O setor de serviços foi o que mais preencheu vagas, com 3,2 milhões de admissões, seguido pelo comércio, com 2,8 milhões.

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