Crédito oferecido pelos bancos cresceu 5,5% em 2018

4 de fev de 2019

O acesso ao crédito é um dos indicadores que contribuíram para que a economia terminasse o ano passado com números mais animadores. De acordo com o Banco Central, o saldo de empréstimos ofertados pelos bancos encerrou 2018 com um aumento de 5,5%, fechando em R$ 3,260 trilhões.

Esse percentual representa 47,4% do Produto Interno Bruto (PIB), o conjunto de riquezas que o país produz em um ano. O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, destacou que o crescimento do saldo de crédito apurado no ano passado acabou com um ciclo de dois anos de retração de empréstimos. Em 2016, a queda chegou a 3,5%; em 2017, em 0,5%.

Entre as pessoas físicas, o saldo do crédito atingiu a R$ 1,791 trilhão, enquanto o estoque para as empresas terminou em R$ 1,469 trilhão. Ambos registraram expansão: o primeiro de 8,6% ao ano, o segundo de 1,9%.

Rocha lembra que a expansão do crédito foi conduzida, sobretudo, pelas instituições privadas, que aumentaram seus estoques de empréstimos em 12,4% em 2018. Com isso, os bancos particulares expandiram a participação no crédito concedido de 46% para 49%. Por outro lado, os bancos públicos apresentaram retração de 0,5% no saldo de recursos emprestados.

O economista Fecomércio MG, Guilherme Almeida, lembra que a resistência dos juros nos bancos ainda deixa o consumidor receoso. “A queda da taxa Selic para o patamar histórico de 6,5% ao ano não fez com que os bancos reduzissem, na mesma proporção, os juros dos empréstimos e financiamentos. O crédito mais barato é condição essencial para a retomada dos investimentos”, finaliza.

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