Previsão para o IPCA 2019 sofre nova redução

14 de fev de 2019

O indicador oficial de inflação no país registrou a quarta previsão de queda seguida. A estimativa, traçada semanalmente pelo boletim Focus, do Banco Central, corrigiu os valores esperados para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a evolução dos gastos das famílias com renda de um a quarenta salários mínimos. A previsão reajustada é que a inflação encerre o ano em 3,87%, não mais em 3,94%. No entanto, as projeções para 2020 (4%) e para 2021 e 2022 (3,75%) permaneceram inalteradas.

Já a meta de inflação para 2019, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), ficou em 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%, os chamados piso e teto da meta. O percentual é 0,5 ponto superior ao registrado em 2018. Para 2020, a estimativa é que o índice feche o ano em 4% e em 3,75% para o ano seguinte. A meta para 2022 ainda não foi definida pelo CMN.

RMBH registra maior aumento

Entre as áreas de maior densidade demográfica do país, a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) terminou o primeiro mês do ano com a maior elevação do IPCA. O aumento chegou a 0,7%, colocando a Grande BH à frente de outras 16 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No país, o índice cresceu 0,32% em janeiro.

O resultado foi puxado pelo reajuste de 11% das passagens de ônibus coletivos metropolitanos e intermunicipais – que impactaram 0,23 ponto percentual no índice – e de 7,21% dos produtos in natura – aqueles consumidos em estado natural, sem nenhuma modificação. Por outro lado, a queda de 1,98% no valor da gasolina aliviou a pressão dos preços na economia.

Ação do Banco Central

Como forma de controlar a inflação e alcançar a meta definida pela autoridade monetária, o Banco Central tem usado a taxa básica de juros, a Selic. Ela representa a média cobrada nas negociações com títulos públicos federais, registrada pelo Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). Neste ano, a taxa deve permanecer no mínimo histórico de 6,5% ao ano, enquanto a expectativa para os dois próximos anos é que a Selic atinja 8%.

O economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, acredita que a manutenção da taxa básica, prevista pelo mercado financeiro, indica que o Comitê de Política Monetária (Copom) considera suficiente o patamar atual da Selic para se alcançar a meta de inflação. “Além do mais, ela vem se comportando de maneira favorável, em torno da meta e alinhada à política econômica. Então, apesar da cautela, faço uma avaliação positiva para a inflação em 2019″, finaliza.

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