Resultados do Índice de Volume de Vendas do Comérco Varejista

4 de mar de 2015

Ao contrário do Brasil, que acelerou o ritmo de tendência negativa nas vendas do comércio de varejo, Minas Gerais ainda teve resultados melhores em 2014 do que em 2013. O volume de vendas do comércio varejista restrito de Minas Gerais variou 2,6% em 2014 em relação ao ano anterior. Essa taxa havia sido 0,9% em 2013. Para o comércio varejista ampliado, que considera o mercado varejista e atacadista de veículos e motocicletas, partes e peças e também o setor de material de construção, os resultados foram negativos. A variação alcançou -0,2% em 2014, melhor do que -0,4% de 2013.

De 5 em 10 dos setores que compõem o comércio varejista ampliado apresentaram taxas positivas, com destaque para outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,4%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,6%) e combustíveis e lubrificantes (3,2%). No entanto, entre os setores que apresentaram taxas negativas, o de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação teve queda acentuada (-16,0%), seguidos de livros, jornais, revistas e papelaria (-7,6%) e veículos, motocicletas, partes e peças (-5,5%).

Os resultados fracos registrados desde 2013 são consequência do esgotamento do processo de crescimento, que foi estimulado quase exclusivamente via consumo. É uma política que trouxe bons resultados para o comércio e um exemplo foi o ano de 2010, porém essa política não é sustentável por longos anos, principalmente se não vier acompanhada de investimentos. O ano de 2014 foi eleitoral, de pressões inflacionárias e desestimulação do crédito, entre outros fatores que não foram propícios ao crescimento e culminaram no cenário de incertezas em que ainda nos encontramos.

Com um ano de ajustes em 2015, novos desafios ainda estão por vir. Porém, há uma esperança de melhorias. Está havendo uma reorientação da política fiscal e monetária em busca da solidez de pilares econômicos essenciais para criar um ambiente que reduza os riscos de investimentos, e assim, promover o crescimento. Essa reorientação, se persistir, possibilitará melhores resultados em 2016.

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