Pesquisa do IBGE constata crescimento do desemprego no Brasil

12 de maio de 2015

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, no dia 7 de maio, os dados referentes à Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio Contínua (Pnad)* para o 1º trimestre de 2015. A taxa de desemprego no Brasil chegou a 7,9%, índice 0,7 ponto percentual (p.p.) superior ao apresentado no mesmo período de 2014, e 1,4 p.p. maior que o trimestre imediatamente anterior. O rendimento médio real da população, por sua vez, manteve-se estagnado em R$1.840, se comparado com os três primeiros meses do ano passado.

Para Minas Gerais, a taxa apresentada foi 1,1 p.p. superior aos três primeiros meses de 2014 e 2,0 p.p. em relação ao último trimestre de 2014, totalizando 8,2%. Para o economista da Fecomércio MG Guilherme Almeida, o nível de desemprego no primeiro trimestre do ano tende a ser superior ao último do ano anterior, porém, o aumento em relação ao mesmo período reflete a fraca atividade econômica tanto nacional quanto estadual.

“É comum que ocorra um aumento na taxa de desocupação no primeiro trimestre de cada ano, é algo sazonal respaldado nas dispensas dos trabalhadores temporários. Porém, quando comparamos com o mesmo período do ano passado observamos uma taxa superior e a explicação para isso vem do fraco resultado apresentado pela economia em 2014 com o Produto Interno Bruto (PIB) nacional apresentando estagnação e o estadual com uma retração de 1,1%. A geração de vagas foi insuficiente para absorver a parcela da população que procurava emprego.”

Ainda segundo Almeida, a pesquisa mostra a baixa elevação no rendimento médio real da população de Minas, algo que tende a se agravar com o cenário econômico: “O rendimento cresceu apenas 0,30% em relação ao primeiro trimestre do ano passado e essa pequena variação pode ser explicada por vários fatores. A desaceleração do mercado de trabalho e a alta taxa de inflação pressionam o rendimento para baixo. Com a economia em estagnação e perspectivas de retração da atividade neste ano, a tendência é uma pressão maior na taxa de desemprego”.

*Esta foi a primeira Pnad divulgada pelo IBGE com as informações completas para as 27 unidades da federação. Antes, havia apenas dados disponíveis em nível nacional e a intenção é que essa pesquisa substitua a Pesquisa Mensal do Emprego, também do IBGE, em janeiro de 2016.

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