Desemprego cai para 12,4% no Brasil

7 de ago de 2018

A trajetória de recuperação econômica, evidenciada pela melhora do Produto Interno Bruto (PIB), se refletiu na taxa de desemprego. O índice recuou de 13,1%, nos três primeiros meses do ano, para 12,4% no segundo trimestre. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo com a queda, o Brasil ainda soma quase 13 milhões de pessoas desempregadas.

O economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, explica que a geração de empregos de forma acelerada depende da confiança dos agentes econômicos, das retomadas do consumo e da produção e da estabilidade do ambiente macroeconômico, fatores que devem ser influenciados pela instabilidade política. “A economia brasileira tem se recuperado de forma lenta. Esse fato, junto ao cenário político eleitoral, impacta negativamente a confiança dos empresários e dos investidores, refletindo em baixo investimento e no consumo das famílias.”

De acordo com o IBGE, a redução do desemprego se deve, principalmente, à geração de postos de trabalho informais e ao número de brasileiros que nem trabalham nem procuram vagas, os chamados ‘desalentados’. Esse grupo chegou a 65,6 milhões de pessoas, o maior registrado pela pesquisa, iniciada em 2012. A avaliação difere do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que considera apenas trabalhadores com carteira assinada na contagem de vagas.

Setores econômicos

A Pnad-C também revelou que apenas dois setores apresentaram crescimento no número de postos de trabalho em relação ao primeiro trimestre: a indústria (2,5%) e a administração pública, defesa, saúde e educação (3,7%). Os demais setores permaneceram estáveis.

Segundo o economista, a geração de empregos na indústria é justificada pela retomada da produção, consequência da demanda dos agentes econômicos. ”Apesar de estar aquém das expectativas de criação de empregos, a elevação desse percentual sinaliza que a economia vem respondendo de forma positiva aos estímulos para o crescimento da atividade econômica”, ressalta.

Em relação ao comércio e serviços, Almeida destaca que o setor terciário possui um desempenho historicamente mais positivo no segundo semestre. Entre as causas estão a concentração de datas importantes para as vendas, como o Natal, o Dia dos Pais, o Dia das Crianças e a Black Friday, além da injeção de renda proporcionada pelo 13º salário. “Juntos, esses fatores são fundamentais para o aumento do consumo das famílias e, consequentemente, pela demanda por mais mão de obra, mesmo que temporária.”

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