19 de fev de 2019
Usado nos reajustes de contratos de imóveis, tarifas públicas e planos e seguros de saúde, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) sofreu um novo aumento. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo indicador, a alta foi puxada pela expansão dos preços no atacado. Com isso, a primeira prévia do IGP-M de fevereiro fechou com uma elevação de 0,20%. No mesmo período de janeiro, a variação positiva foi de 0,03%.
Principal componente do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) contribuiu para o resultado, ao registrar alta de 0,22%, depois de recuar 0,13% na primeira prévia de janeiro. O IPA mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – que tem peso de 30% no IGP-M – desacelerou 0,14% na primeira prévia do mês, contra 0,38% de alta no período anterior. O subindicador retratou que a inflação em janeiro diminuiu, sobretudo no quesito alimentação, mais barata após as festas de fim de ano.
O analista financeiro da Fecomércio MG, Juan Moreno de Deus, explica que, por se tratar de indexador de tarifas e de um índice para a correção de contratos de aluguel, o IGP-M pode impactar na rotina dos empresários. “Se o contrato estiver para vencer, a dica é sempre negociar. Se o valor ficar acima da expectativa, o comerciante deve buscar economizar em outras áreas”, ressalta.
Desaceleração no ano
Segundo o analista financeiro, as perspectivas em relação ao IGP-M são melhores para o empresário do comércio e serviços neste ano. Em 2018, o IGP-M expandiu 7,54%, puxado pela valorização do dólar. O IPA foi o componente que mais contribuiu para esse aumento, com 9,43%. Em 2019, por sua vez, a expectativa é que o indicador suba menos, ficando próximo do centro da meta da Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 4,25%. O cenário favorável às reformas econômicas e a menor oscilação do dólar devem contribuir para o resultado.