Zona de conforto: como ela interfere no desenvolvimento

13 de set de 2019

*Janaina Ribeiro é Coordenadora de Recursos Humanos da Fecomércio MG

Algumas pessoas sonham em viver com segurança e estabilidade. Entretanto, isso pode significar permanecer em uma zona de conforto que pode parecer algo saudável, mas, na verdade, impacta no desenvolvimento pessoal e profissional. Ter uma determinada rotina pode acarretar na perda de muitas oportunidades, deixando de lado os propósitos e a conquista de sonhos, simplesmente por não querer arriscar. Essas pessoas usualmente pensam: por que mudar e se abrir para o novo?

No ambiente corporativo isso é muito comum. Você, provavelmente, conhece pessoas infelizes no trabalho, mas que não tomam nenhuma atitude para mudar essa situação. Pelo contrário, vivem se queixando da rotina e de decisões tomadas pela empresa. Elas assistem o passar dos anos e permanecem inertes em suas funções, sem querer arriscar em novas oportunidades ou mesmo abraçar novos projetos.

Para quem se enquadra nessas características, precisa entender que é necessário um planejamento profissional bem definido e alinhado às suas competências e habilidades para reverter tal situação. Joel Souza Dutra, referência nacional em carreira e competência, aponta três grandes equívocos que uma pessoa sem propósito profissional pode cometer.

O primeiro é a visão restrita de oportunidades. Quem não possui um projeto de carreira bem estruturado e não sabe onde quer chegar. Por isso, agem como à espera de um milagre, por uma chance no mercado ou na empresa, eximindo-se de qualquer responsabilidade ou ação para conseguir alcançar o sucesso. Essas pessoas consideram que a oportunidade é ‘uma mágica’, que deve ser pega assim que aparece.

Entretanto, elas continuam fazendo o mesmo à espera de qualquer oportunidade.  E não percebem que precisam olhar para si e se perguntarem o que querem, onde pretendem chegar, por onde devem iniciar e o que são capazes de fazer diferente. Se você é uma dessas pessoas, comece a se questionar sobre isso. Esse é o ponto de partida para que possamos criar as condições necessárias para que as oportunidades cheguem até nós.

O segundo equívoco é o da armadilha profissional. São aquelas situações que demandam pouco do potencial e dos pontos fortes do profissional, levando-o a crer que “assim está bom”, pois é assim que ele deveria fazer mesmo. De repente, os anos e a situação não muda e a pessoa não faz uma avaliação do que está fazendo para ter resultados diferentes.

Novamente fica evidente a importância de se conhecer melhor e saber o que mais pode ser oferecido. Se você é uma dessas pessoas, questione-se. Caso contrário, sem que perceba, você entrará em um estado de inércia laboral e construirá uma ‘carreira sem sentido’.

O terceiro equívoco é a falta de foco, uma consequência de todo o processo. Para quem não sabe onde quer chegar, qualquer lugar serve, pois essas pessoas ficam à mercê do destino. Portanto, ao menos que você se sinta realizado e completo em sua vida pessoal e profissional, é preciso se movimentar, fazer diferente, olhar as coisas por uma outra perspectiva e se desafiar.

Pense que agora é o momento certo para reavaliar a sua carreira, bem como as ações que você tem realizado. Buscar novos desafios é algo devemos ter sempre em mente. Não precisamos tomar decisões impactantes de uma hora para outra, mas é preciso fazer um planejamento e inserir pequenas iniciativas no nosso cotidiano para ter uma diferença em médio prazo. Se você tiver resiliência, em pequenas doses, os resultados dessas ações diárias poderão surpreendê-lo.

 

Artigo publicado no jornal Diário do Comércio

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