Alckmin propõe agenda de reformas para o país

1 de ago de 2018

A capital mineira recebeu na manhã dessa segunda-feira (30/07) o pré-candidato à presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin. O ex-governador de São Paulo participou do Fórum das Entidades Empresariais de Minas Gerais, órgão do qual integra a Fecomércio MG. Durante o evento, realizado no Teatro Sesiminas, na Região Centro-Sul da cidade, o político mostrou o seu projeto para o Brasil.

O tucano destacou que o país tem evoluído desde a década de 1930. “Durante 50 anos, crescemos, em média, 5% ao ano, a expectativa de vida subiu de 43 para 77 anos e aprendemos a controlar a inflação, que já chegou a 3.000%”. Apesar disso, segundo o pré-candidato, o Brasil estagnou, mantendo-se como uma economia de renda média, apesar de possuir uma indústria diversificada, um setor de serviços forte e se destacar na agricultura e mineração.

Mesmo com a nona economia do mundo, o futuro do país preocupa, segundo Alckmin. O pré-candidato lembrou que a dívida brasileira, de US$ 5,5 bilhões, já compromete mais de 70% do Produto Interno Bruto (PIB). “Em 2019, iremos para o sexto ano de déficit primário, que será de, ao menos, R$ 139 bilhões. É preciso recuperar a capacidade de investimento pelo governo”, salientou.

Reformas estruturais

O pré-candidato avalia que o Brasil se tornou um país caro, e, por isso, precisa reformas para se tornar competitivo. Em curto prazo, o tucano rechaça reduzir a carga tributária. Mas, com o tempo, propõe substituir cinco impostos pelo Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Assim, seriam extintos o PIS, o Cofins e o IPI (tributo federal), o ICMS (tributo estadual) e o ISS (tributo municipal).

A previdência foi outro ponto citado por Alckmin, que ressaltou a urgência de uma reforma no setor e a desigualdade em relação às aposentadorias de certos segmentos. “O teto para aposentados da iniciativa privada é de pouco mais de R$ 5 mil, mas ele recebe, em média, R$ 1.351,00. No poder público, há esferas que recebem até R$ 27 mil”, observou.

A fragmentação política é um dos aspectos que dificultaria tais reformas, segundo o tucano. Ele acredita que nenhuma legenda conquiste 10% da Câmara. “O voto distrital ou distrital misto garantiriam certa governabilidade ao país”, justifica. Em relação à Reforma Trabalhista, ele demonstrou apoio ao texto aprovado no ano passado, inclusive ao fim da obrigatoriedade da contribuição sindical.

Fórum Empresarial com Alckmin_Crédito_Divulgação_Fiemg

O diretor da Fecomércio MG e presidente do Sincateva BH, Lúcio Emílio de Faria Júnior, participou do fórum, que apresentou propostas do pré-candidato tucano para o país. Crédito: Divulgação Fiemg

Mais liberal, menos regional

Entre as apostas do tucano para o desenvolvimento da economia do país está o empreendedorismo e a simplificação do ambiente de negócios. “A União deve atuar apenas como organizadora, planejadora e reguladora do crescimento econômico”, propôs. O tucano defendeu novas concessões onerosas e parcerias público-privadas (PPP) no país para viabilizar serviços como transportes.

Alckmin também destacou a necessidade de retomar os investimentos no transporte ferroviário de cargas e passageiros e de ampliar acordos comerciais internacionais, com destaque para os países do Pacífico. “O Mercosul ficou isolado no mundo”, disse. Em relação ao setor de comércio e serviços, ele ressaltou que o país precisa investir mais em segurança pública para oferecer ao empresário garantias para manutenção e expansão de seu negócio.

Parceria histórica

Alckmin prometeu aos empresários mineiros “a maior parceria com o governo federal” já vista na história, se eleito. Segundo o pré-candidato, a União tem uma enorme dívida com o Estado nas áreas de infraestrutura, logística e recursos hídricos. Presente no evento, o senador Antonio Anastasia, pré-candidato do PSDB ao governo estadual, disse que a candidatura de Alckmin tem duas dimensões para os mineiros. “A primeira é garantir um ambiente saudável aos negócios do país, a segunda é dar a Minas o que lhe é de direito”, afirmou.

Sobre o fórum

O Fórum das Entidades Empresariais de Minas Gerais reúne diversas entidades representativas da indústria, serviços, comércio e agricultura no Estado, como a Fecomércio MG, Fiemg, CDL/BH, Federaminas, FCDL, Ciemg, ACMinas, Faemg, Ocemg e Fetcemg.

Foto de abertura: Sebastião Jacinto/ Fiemg.

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