A vitrine convida às compras e os preços atraem o cliente, que recorre a meios de pagamento como os cartões de crédito, carnês e cheques pré-datados para adquirir bens e serviços desejados. Essa dinâmica movimenta a economia, mas gera preocupação quando combinada com a inadimplência. No mês de julho, 82,1% das famílias de Belo Horizonte estavam endividadas, patamar superior ao período pré-pandemia, enquanto 35,9% apresentaram contas em atraso.
Esses indicadores compõem a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), elaborada pela Fecomércio MG, com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A Peic retrata o comprometimento da renda familiar com modalidades como financiamento de imóveis e carros, empréstimos, cartões de crédito e de lojas, cheques pré-datados, além de evidenciar a capacidade de pagamento dos consumidores.
De acordo com a pesquisa, nos últimos seis meses, o endividamento das famílias da capital mineira cresceu 14,4 pontos percentuais (p.p). Seguindo a mesma tendência de alta, a inadimplência avançou 3,6 pontos nesse período, enquanto o percentual de famílias que não terão condições de honrar suas dívidas avançou 4,7 pontos, atingindo 18% da população de Belo Horizonte. Ao todo, 39,2% dos entrevistados se declararam mais ou menos ou bastante endividados.
O cenário macroeconômico está entre os fatores que contribuíram para a expansão da inadimplência na capital mineira. Em julho, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – indicador oficial da inflação no país – avançou 0,71% na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Já a taxa básica de juros fechou o mês em 4,25%, percentual reajustado no início de agosto para o 5,25%.
O cartão de crédito continua sendo o principal compromisso financeiro. Em julho, 81,9% fizeram dívidas nessa modalidade. “Diante de um cenário de desemprego, encolhimento da renda e inflação em alta, o consumidor passa a utilizar o cartão de crédito não como um aliado no planejamento financeiro, mas como alternativa para fazer as compras do mês. Esses fatores associados favorecem a expansão da inadimplência”, afirma a economista da Fecomércio MG, Gabriela Martins.
Outras modalidades de dívidas sofreram variações no nível de comprometimento, como carnês (de 20% em junho para 17,5% em julho) e financiamento de carro (de 10,7% para 7,6%). No entanto, a maioria permaneceu estável, como crédito pessoal (6,9%), cheque especial (de 6,8% para 6,7%), financiamento de imóveis (de 6,5% para 6,6%) e crédito consignado (de 5% para 4,8%).
“O endividamento, se bem administrado, favorece empresários e consumidores. O problema surge quando as dívidas não são honradas, o que compromete tanto a reputação do cliente quanto o faturamento dos negócios. Para que o consumidor continue comprando, é essencial que ele faça um planejamento financeiro e que o empresário ofereça promoções e um mix de produtos que caiba no seu orçamento, ainda mais pensando nas próximas datas comemorativas”, ressalta Gabriela.
Em Belo Horizonte, as dívidas comprometem mais de 10% da renda familiar em 83,4% dos casos. Contudo, atinge mais da metade do orçamento mensal para 23,7% dos entrevistados. Em julho, o tempo médio de comprometimento da renda chegou a quase sete meses. Já entre as famílias que possuem contas pendentes, 69,8% afirmaram que o endividamento é igual ou superior a 90 dias. Já o período de contas em atraso chega a quase 65 dias na capital mineira.
Para elaborar a pesquisa de julho, foram entrevistadas mil famílias residentes em Belo Horizonte. A margem de erro da Peic, realizada nos últimos dez dias de junho, é de 3,5%, e o nível de confiança é de 95%.Acesse, na íntegra, o relatório da Peic de julho de 2021
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