Comerciantes de BH mantêm otimismo elevado e expectativa positiva para o futuro dos negócios

3 de abr de 2023

Segundo a pesquisa Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), realizada pela Fecomércio MG em fevereiro, com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no geral, os empresários da capital mineira se mantêm confiantes diante do cenário atual e futuro envolvendo as condições empresariais próprias, do setor e da economia brasileira. Confira o documento na íntegra abaixo, também disponível para download:

O levantamento apurou que comerciantes com mais de 50 empregados são os mais otimistas, com 119,5 pontos. Aqueles com menos de 50 funcionários estão menos confiantes ao somarem 108,7 pontos. O limite entre confiança e desconfiança é dado pela margem dos 100 pontos.  (Gráfico 1 + tabela que o segue)

Segundo a medição, empresários que comercializam bens não duráveis são os mais confiantes, com 111,3 pontos, em seguida vêm os comerciantes de duráveis com 110,4. Já os empresários de semiduráveis são os menos otimistas dos três segmentos com 108,7 pontos.

A pesquisa Icec é subdividida em outros três indicadores: Índice das Condições atuais do Empresário do Comércio (Icaec); Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (Ieec) e Índice de Investimento do Empresário do Comércio (Iiec). (Gráfico 2 + tabela que o segue)

Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio

Em fevereiro, o indicador Condições Atuais do Empresário do Comércio oscilou negativamente. Veio a 99,5 em fevereiro depois de ter alcançado 105,3 no primeiro mês do ano. Sobre as condições atuais da empresa, 61,6% dos entrevistados confirmaram melhora, queda de 3,4 p. p. em relação ao mês de janeiro. Dos empresários com até 50 empregados, 61,4% perceberam melhora das condições do estabelecimento, o que ocorre para 73,5% dos empresários com quadro superior a 50 empregados. (Gráfico 3)

Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (Ieec)

Situação econômica futura do Brasil

Na comparação com janeiro, houve oscilação negativa de 1,7 p.p. na percepção sobre a situação econômica futura do país com 54,6% dos empresários apostando na melhora do cenário econômico. (Gráfico 4)

Expectativas quanto à melhora do setor

Houve oscilação da confiança dos empresários na melhora do cenário para o setor na comparação com o mês passado. No mês de fevereiro, 66,1% disseram confiar na melhora contra percentual de 66,2% verificado em janeiro. (Gráfico 5)

Expectativas sobre o futuro das empresas

A oscilação negativa também prevaleceu quanto às expectativas dos empresários para as suas empresas. Em fevereiro, 77,7% disseram acreditar que as vendas irão melhorar o que representa uma queda de 1,5 p.p. da mesma resposta na comparação com o mês anterior. (Gráfico 5)

Aumento de contratações

A pesquisa apurou que 52,8% dos empresários pretendem aumentar o quadro de funcionários. A prevalência da expectativa positiva foi possível com a participação de 75,0% das empresas com mais de 50 empregados com intenção de aumentar o número de funcionários. (Gráfico 6)

Índice de Investimento do Empresário do Comércio (Iiec)

Em fevereiro, o nível geral de investimentos estava maior para 54,3% das empresas, valor 4,1 p. p. menor que no mês anterior. Na percepção de 58,8% das empresas de maior porte, o nível de investimentos expandiu, redução de 9,4 p. p. quando comparado ao resultado do último mês. (Gráfico 7)

Nível de estoques 

Os estoques de 59,4% das empresas estão em nível adequado. Para 21,0% delas há excesso de produtos e para 19,6% faltam itens. (Gráfico 7)

VISÃO ECONÔMICA

Apesar da redução na confiança do empresário do varejo e da diminuição dos investimentos demonstradas na pesquisa de fevereiro, os comerciantes ainda mantêm um otimismo elevado e uma expectativa positiva para o futuro.

Isso pode indicar que os comerciantes estão mais confiantes em sua capacidade de se adaptar às condições adversas e encontrar formas de superar as dificuldades. Eles podem estar se concentrando em estratégias de venda mais eficazes, como promoções, descontos e ofertas especiais, para manter suas vendas em alta.

Além disso, a expectativa elevada dos comerciantes pode ser um sinal de que eles estão acompanhando de perto as mudanças no cenário econômico e empresarial e se preparando para aproveitar as oportunidades que surgirão no futuro. Isso pode incluir a diversificação de seus produtos e serviços, a expansão para novos mercados ou a adoção de novas tecnologias para melhorar a eficiência e a produtividade.

No entanto, é importante lembrar que a redução dos investimentos dos empresários do varejo pode ter consequências negativas no longo prazo. A falta de investimento pode levar à estagnação do setor, reduzindo sua capacidade de inovar e crescer. Portanto, é fundamental que os empresários do varejo encontrem formas de manter seus investimentos e buscar soluções criativas para enfrentar os desafios atuais e futuros.

É possível que empresas de bens não duráveis em geral tenham um desempenho melhor em momentos de recuperação econômica, quando há um aumento do consumo por parte da população. Além disso, empresas com mais de 50 funcionários podem ter mais recursos e capacidade de investimento para aproveitar as oportunidades de crescimento e expansão do mercado.

Empresas de menor porte geralmente têm menos recursos e menor capacidade de investimento do que empresas maiores, o que pode dificultar sua sobrevivência em momentos de instabilidade econômica. Além disso, o governo tem criado políticas de incentivo para o desenvolvimento de pequenas e médias empresas, como programas de crédito, incentivos fiscais e ações para fomentar o empreendedorismo. Essas políticas podem ajudar as empresas de menor porte a superar as dificuldades e investir em seu crescimento. No entanto, é importante que as empresas de menor porte sejam ágeis e flexíveis para se adaptar às mudanças no mercado e aproveitar as oportunidades que surgirem. É essencial que elas tenham uma gestão financeira eficiente, busquem diversificar seus produtos e serviços e invistam em tecnologia e inovação para se manterem competitivas.

Para o setor de comércio teve uma melhoria na condição do setor, principalmente para empresas de Mais de 50 empregados do setor de duráveis, uma vez que detêm maior recursos para implantarem ações que podem favorecer a redução das flutuações de mercado, como é o caso da implantação do Investimento em tecnologia; E-commerce; melhoria do ambiente de

Houve uma melhoria na condição do setor de comércio, especialmente para empresas de duráveis com mais de 50 funcionários. Essas empresas são capazes de implantar ações que podem ajudá-las a reduzir as flutuações de mercado, como o investimento em tecnologia, a adoção do comércio eletrônico, a melhoria do ambiente de negócios e a capacidade de adaptação às mudanças regulatórias e aos desafios da concorrência. Esses fatores podem ter contribuído para a melhoria geral do setor de comércio e para o sucesso das empresas de maior porte no setor de duráveis.

A melhoria da condição atual das empresas de varejo está diretamente ligada a diversos fatores que têm impacto no comportamento do consumidor. Um desses fatores é o aumento da renda da população, que tende a impulsionar o consumo de bens e serviços. Além disso, a redução da taxa de desemprego também pode contribuir para uma melhoria no consumo, já que as pessoas tendem a se sentir mais confiantes em relação ao futuro quando têm emprego e renda estável. Outro fator importante é a elevação da confiança dos consumidores, que pode ocorrer em momentos de estabilidade econômica e política, levando-os a gastar mais e com mais frequência. Além disso, o abrandamento da pandemia e a redução da tensão política também podem ter um efeito positivo no comportamento do consumidor, permitindo que as pessoas se sintam mais seguras para gastar seu dinheiro em compras. Portanto, é fundamental que as empresas de varejo estejam atentas a esses fatores e adotem estratégias de marketing e gestão que possam ajudá-las a se adaptar a essas mudanças no mercado.

A expectativa positiva dos empresários no setor de comércio pode estar sendo influenciada por fatores específicos do setor, enquanto a expectativa em relação à economia brasileira em geral pode estar sendo abalada por questões mais amplas, como instabilidade política, das taxas de juros e incertezas em relação à pandemia.

As empresas do varejo estão bem-preparadas para atenderem seus clientes, com estoques adequados e prontas para oferecerem produtos de qualidade e satisfazerem as demandas dos consumidores.

Economista Stefan D’Amato – Fecomércio MG, filiada à Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) 

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