Comércio varejista de Minas registra recuperação consistente

19 de maio de 2023

Volume de vendas em 12 meses supera o desempenho nacional

O Núcleo de Inteligência e Pesquisa da Fecomércio MG analisou os dados da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE. A partir dos números, foram avaliados os últimos 11 percentuais para o volume de vendas no comércio varejista ampliado (comércio de veículos e motos, partes e peças e material de construção) e apresentada a variação do volume vendido mensalmente (comparado ao mês anterior – com ajuste sazonal) e a variação acumulada em 12 meses.

Comércio Varejista Ampliado Em março de 2023, o comércio varejista ampliado no Brasil ampliou 3,6% frente a fevereiro, na série com ajuste sazonal, atingindo assim o quarto mês consecutivo de crescimento. Para Minas Gerais, o crescimento foi menor em comparação ao Brasil, 2,9% em relação ao mês anterior, apresentando também o quarto mês seguido de crescimento.

O acumulado nos últimos doze meses, no cenário brasileiro, foi observado um quadro de quedas recorrentes chegando a -0,2% em março de 2023, com perda desde junho de 2022. Por outro lado, Minas Gerais apresentou sete períodos de ganho no volume de serviços no acumulado de 12 meses até chegar a 2,2% no mês de março. A última queda foi constatada em Agosto de 2022, para o cenário mineiro.

A variação do mês de março comparado ano anterior, no cenário brasileiro, foi de 8,8% de março de ano com respeito a 2022, retratando um aumento após o mês anterior permanecer estagnado se comparado com o ano anterior. Minas Gerais apresentou o maior resultado (10,6%) em comparação aos meses anteriores apresentados na tabela abaixo. A última queda observada ocorreu no mês de dezembro, sendo 0,7% menor ao se comparado ao mesmo mês no ano passado.

Comércio Varejista Restrito

            Em março de 2023, o comércio varejista restrito no Brasil apresentou um aumento de 0,8% frente a fevereiro, na série com ajuste sazonal, atingindo assim o terceiro mês consecutivo sem quedas. Por sua vez, em Minas Gerais, o crescimento foi de 1,0% ao se comparado ao mês anterior, apresentando também o terceiro mês de crescimento.

O acumulado nos últimos doze meses, no cenário brasileiro, foi constatado uma ampliação no acumulado de 12 meses em 6 períodos consecutivos, chegando a 1,2% em março do presente ano. Em contrapartida, Minas Gerais apresentou sete períodos de ganho no volume de serviços no acumulado de 12 meses até chegar a 2,8% no mês de março. Este resultado foi maior ao se comparado com o varejo ampliado.

A variação do mês de março comparado ano anterior, no cenário brasileiro, obteve a sua melhor performance na amostra apresentada na tabela a seguir, com um incremento 3,2% quando comparado com março de 2022.  Atingindo 8 períodos consecutivos de alta ao se comparar com o ano anterior. Para Minas Gerais, o cenário foi bem próximo, porém com resultados superiores ao se comparar com o brasileiro. O aumento do volume de vendas do comércio restrito para o mês de março foi de 4,1%.

Peso das atividades

Em março de 2023, a atividade que gerou maior peso, no Brasil, foi a de Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (11,8%), assim como, em Minas Gerais o setor este mesmo setor apresentou maior destaque (13,5%). Em contrapartida, a atividade com menor peso, em nível estadual foi a de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,2%) e, nacional, a de Tecidos, vestuário e calçados (7,2%).  

Resultados regionais: setor cresce em 23 das 27 unidades da Federação ao se comparado com fevereiro

Minas Gerais registra crescimento em todas as possibilidade de variação, que são: i) referente ao mês anterior (2,9%); ii) com respeito ao mesmo mês do ano passado (10,6); e iii) nos últimos 12 meses (2,2%). 

Fonte: PMC | Núcleo de Estudos Econômicos – Fecomércio MG

Olhar Econômico,

por Stefan D’Amato, economista-chefe da Fecomércio MG

A análise do desempenho do comércio varejista em Minas Gerais em fevereiro de 2023 revelou resultados positivos tanto para o varejo restrito quanto para o ampliado. Minas Gerais teve um crescimento de 1,0%, enquanto o Brasil teve um aumento de 0,8%. Esses resultados indicam uma recuperação consistente do comércio varejista em Minas Gerais, impulsionada principalmente pelo Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, que apresentou um crescimento de 47,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O atacarejo em Minas Gerais é uma opção popular de compra para consumidores e comerciantes que buscam economia e variedade de produtos em grandes quantidades. A presença desses estabelecimentos tem se fortalecido no estado, oferecendo uma alternativa ao tradicional modelo de supermercado.

Outros setores de destaque foram: Combustíveis e lubrificantes (20,8%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (9,8%). O fortalecimento do setor de combustíveis e lubrificantes é um reflexo positivo da recuperação econômica, gerando empregos e impulsionando a cadeia produtiva relacionada a esses produtos.

Por outro lado, O setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos está crescendo em Minas Gerais devido ao aumento da renda e do poder de compra da população, ao envelhecimento da população e à preocupação crescente com a saúde e o autocuidado. Além disso, a expansão do mercado de beleza e estética e a facilidade de acesso aos produtos por meio do varejo e comércio eletrônico também impulsionam esse crescimento.

Os segmentos de outros artigos de uso pessoal e doméstico e tecidos, vestuário e calçados enfrentam dificuldades significativas na retomada de suas atividades, com uma redução em todos os indicadores de variação em relação ao mês anterior, ao ano e aos últimos 12 meses. Essas complicações têm se agravado à medida que esses setores lidam com concorrência desleal proveniente de marketplaces e comércio eletrônico, dificultando ainda mais a recuperação dessas áreas.

No varejo ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, além de materiais de construção, Minas Gerais registrou um crescimento de 2,9% em relação ao mês anterior, porém não foi o suficiente para superar o crescimento do Brasil, que foi de 3,6%. Mesmo que a taxa não superou a observado pelo Brasil, Minas Gerais ocupa a 11ª posição entre os 27 estados no ranking nacional quando analisada a variação ao mês imediatamente anterior.

O segmento de Veículos, motocicletas, partes e peças está enfrentando desafios para se recuperar e retornar aos níveis anteriores, registrando uma tendência de queda nos últimos 12 meses. Por sua vez, o segmento de Material de construção tem sofrido ainda mais, com uma queda expressiva de mais de 8,2% nos últimos 12 meses. Ambos os setores enfrentam dificuldades significativas em meio a um cenário desafiador.

Sobre a Fecomércio MG

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais, é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 568 mil empresas mineiras. Juntos com Sesc, Senac e Sindicatos Empresariais, a entidade integra a Confederação Nacional do Comércio (CNC), atuando junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo, a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.

Há 84 anos fortalecendo e defendendo o setor, beneficiando e transformando a vida dos cidadãos.

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