Endividamento das famílias de BH fecha 2021 com novo recorde

20 de jan de 2022

O número de consumidores endividados em Belo Horizonte aumentou 0,2 p.p no mês de dezembro, atingindo 88,9% da população belo-horizontina

O endividamento das famílias de Belo Horizonte fechou 2021 com novo recorde. De acordo com a Fecomércio MG, o número de consumidores belo-horizontinos endividados aumentou 0,2 pontos percentuais (p.p) no mês de dezembro, atingindo 88,9% da população. O percentual é o maior registrado pela série histórica, iniciada em 2014.

Os dados compõem a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), elaborada pela Fecomércio MG, com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A análise também mostrou que a inadimplência não acompanhou essa expansão do endividamento, que encerrou 2021 em estabilidade.

O número de consumidores que não terão condições de pagar suas dívidas foi de 15,5%, 0.3 pontos percentuais (p.p) inferior ao apurado em novembro. Acompanhando a estabilidade, os consumidores inadimplentes apresentaram uma queda de 0.1 pontos percentuais (p.p) em relação ao mês anterior, assumindo o valor de 39%.

Segundo a economista da Fecomércio MG, Gabriela Martins, esse aumento do endividamento das famílias já era esperado, diante da situação socioeconômica que estamos vivendo. “Acrescido ao aumento do endividamento, acompanhamos um índice de inadimplência muito elevado em Belo Horizonte que, apesar da leve queda entre os meses de novembro e dezembro, ainda se encontra entre um dos maiores patamares da série histórica observada a partir de 2014”, destaca.

A Peic apontou, ainda, que a principal modalidade de endividamento continua sendo o cartão de crédito. Em dezembro, 79,6% utilizaram essa modalidade para compras, seguido pelo uso dos carnês (25,9%), cheque especial (8,7%), financiamento de carro (8,1%), crédito pessoal (7,6%) e financiamento de casas (6,1%).

Gabriela Martins explica que um dos motivos principais para o uso do cartão de crédito é o aumento da inflação, que afeta a aquisição de bens essenciais como alimentos, combustíveis e energia. “Dessa forma, as famílias procuram cada vez mais o crédito para seu consumo básico”, explica a economista da Fecomércio MG.

A PEIC é uma Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, que orienta os empresários do comércio de bens, serviços e turismo que utilizam o crédito como ferramenta estratégica. Para elaborar a pesquisa, foram entrevistados consumidores em potencial residentes na capital mineira. A margem de erro, é de 3,5%, e o nível de confiança é de 95%.

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