<strong>Endividamento encerra primeiro semestre em alta</strong>

27 de jul de 2022

Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Fecomércio MG, aponta que 87,5% dos consumidores de Belo Horizonte estavam endividados em junho

O aumento do consumo no primeiro semestre de 2022 começou a refletir no nível de endividamento dos belo-horizontinos. Os dados são da edição regional da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pelo setor de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG). Em junho, 87,5% dos consumidores da capital mineira estavam endividados com 1,5 ponto porcentual (p.p) superior ao último mês.

No consolidado dos seis primeiros meses do ano, a média ficou em 88%, valor 16,3 p.p acima do observado no primeiro semestre de 2021. O endividamento é um indicador que mostra o quanto os consumidores estão adquirindo compromissos, como financiamento de imóveis, carros, empréstimos e cartão de crédito. Segundo a economista da Fecomércio MG, Gabriela Martins, esse aumento é positivo, pois indica que as pessoas estão buscando crédito para consumir.

“Esse aumento do endividamento entre o ano de 2021 e 2022 é influenciado, em grande parte, pela retomada da economia diante do abrandamento da pandemia. Com o reaquecimento do setor de serviços e o comércio, as famílias, que ainda possuem demandas reprimidas, voltam a consumir e buscam crédito para realizar suas compras”, avalia a especialista.

O principal compromisso financeiro assumido pelos consumidores de Belo Horizonte é o cartão de crédito. Em junho, 82,7% se comprometeram com essa modalidade. Carnês, crédito pessoal e financiamentos de casa e carro também foram muito buscados pelos consumidores no período. O cheque especial, por sua vez, obteve uma redução de 0,8 p.p na comparação entre junho e maio.

O percentual de consumidores com contas em atraso diminuiu na comparação mensal, assumindo o valor de 43,3% em junho. Esse índice é maior em famílias com renda igual ou inferior a dez salários mínimos. Dos endividados, 49,5% ainda não conseguiram honrar seus compromissos e estão com dívidas em atraso.  “Este resultado é influenciado pelo processo inflacionário no país, que vem corroendo a renda das famílias e fazendo com que o orçamento mensal fique cada vez mais comprometido com bens essenciais. Muitas vezes, o crédito é buscado como uma forma de manter um consumo ótimo de determinados bens”, finaliza Gabriela.

“Confira, na íntegra, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) – Junho de 2022”

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