Os comerciantes estão confiantes nas vendas
A expectativa do mercado para a Páscoa deste ano está ligeiramente abaixo do que no ano passado, 43,1%, uma redução de 4,7 ponto percentual, segundo pesquisa elaborada pelo Núcleo de Inteligência & Pesquisa da Fecomércio MG.
Para 38,4% das empresas com influência da data, a expectativa é de que as vendas sejam melhores este ano que no ano passado, enquanto 28,2% esperam resultados semelhantes e 23,1% não esperam resultados melhores.
Entre os comerciantes com boas expectativas, os motivos que mais se destacam para tal resultado são: 60,2% estão otimistas/esperançosos, 28,9% acreditam na melhora das vendas pelo motivo do abrandamento da pandemia e, 13,3%, enxergam o consumidor mais confiante nesse período. Os comerciantes estão mais confiantes em relação ao ano passado, com um aumento de 28 pontos percentuais em suas expectativas para o período da Páscoa. No ano anterior, eles acreditavam que o valor emocional da data seria o principal fator para impulsionar suas vendas, representando 47,9% de suas expectativas, enquanto neste ano essa porcentagem caiu para apenas 9,6%.
Já para aqueles comerciantes com expectativa de resultados piores, 42% acreditam que a crise econômica possa interferir nas vendas, 24% dos comerciantes indicam a mudança de Governo e 20% acham que o endividamento do consumidor possam ser os motivos mais apontados para esse resultado citado. Apesar da melhoria observada no mercado de trabalho, com a queda na taxa de desemprego nos últimos meses, os lojistas estão preocupados especialmente com a inflação e a taxa de juros. Outra preocupação dos empresários é o aumento do endividamento das famílias, que pode impactar negativamente as vendas.
Para as empresas que trabalham durante a Páscoa, é imprescindível desenvolver ações de marketing para alcançar bons resultados. Cerca de 28,7% buscam fazer promoções e liquidações, 8,8% preferem investir em propagandas, contudo, 36,1% das lojas optam por não adotar qualquer ação para impulsionar suas vendas.
A pesquisa, iniciada no primeiro dia do mês de março, constata que mais da metade das lojas do segmento alimentício já iniciaram as vendas para a Páscoa. Entre os produtos mais vendidos atrelados à data estão: caixas de bombons, ovos de Páscoa, barra de chocolate, peixes e pães, nessa ordem.
Para 94,25% dos empresários, o consumidor prefere realizar as compras no período antes da Páscoa, em especial, na semana que antecede à data e 40,8% observam que os consumidores estão atentos às possíveis variações de preços de estabelecimento para estabelecimento, então sempre pesquisam os preços, enquanto 30,5% acreditam que a pesquisa ocorre às vezes.
Na visão dos lojistas, cerca de 47,7% acreditam que o consumo médio na Páscoa deste ano será entre R$30,00 e R$70,00, e a forma de pagamento mais comum será o crédito à vista. Houve uma queda de 11,2 pontos percentuais nessa faixa de consumo, mas foi observado um aumento de 5,2 e 4,3 pontos percentuais nas faixas de R$70,01 a R$100,00 e R$100,01 a R$200,00, respectivamente. Esse efeito pode ser atribuído a fatores como o aumento do salário-mínimo, a redução do desemprego e a absorção dos preços pelo consumidor para manter seu padrão de consumo. O débito e o PIX aparecem como opções em seguida, com 21,3% e 13,0%, respectivamente.
Para a Páscoa deste ano, 93,1% das empresas não contrataram e não pretendem contratar funcionários temporários. Contudo, 5,2% adotaram essa medida para o atendimento de seus consumidores. Metade das empresas consultadas na pesquisa contrataram um funcionário. A contratação máxima em números foi de seis colaboradores e a mínima de um. O levantamento mostra que 23% dos empresários estão inseguros para as vendas da época em relação ao ano de 2022, apontando principalmente os fatores crise econômica e mudança de governo para permanecem receosos ao realizar investimentos. “A inflação e as elevadas taxa de juros podem ter um impacto significativo na Páscoa, tanto para os consumidores quanto para os produtores e varejistas de produtos relacionados à data. Os preços dos ovos de Páscoa, chocolates e alimentos para o almoço de domingo podem subir, visto que os custos de produção e distribuição aumentaram. Enquanto, a taxa de juros dificultou a aquisição antecipada do lojista com o intuito de reduzir os preços ofertados aos consumidores”, pontua Stefan D’Amato, economista Fecomércio MG.
Olhar econômico
Apesar da melhoria observada no mercado de trabalho, com a queda na taxa de desemprego nos últimos meses, os lojistas estão preocupados especialmente com a inflação e a taxa de juros.
Outra preocupação dos empresários é o aumento do endividamento das famílias, que pode impactar negativamente as vendas.
As mudanças para faixas superiores do consumo médio podem ser atribuídas a fatores como o aumento do salário-mínimo, a redução do desemprego e a absorção dos preços pelo consumidor para manter seu padrão de consumo.
– Stefan D’Amato – Economista da Fecomércio MG
A pesquisa
Foi escolhido o modelo de pesquisa quantitativa do tipo survey telefônico, baseada em empresas do comércio varejista de Minas Gerais que trabalham com produtos alimentício. A pesquisa foi realizada entre os dias 01 e 08 de março de 2023. Foram avaliadas 382 empresas, sendo pelo menos 38 em cada região de planejamento (Alto Paranaíba, Central, Centro-Oeste, Jequitinhonha-Mucuri, Zona da Mata, Noroeste, Norte, Rio Doce, Sul de Minas e Triângulo). A amostra avaliada perfaz uma margem de erro da ordem de 5,0%, a um intervalo de confiança de 95%.
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Sobre a Fecomércio MG
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 568 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), Sesc, Senac e Sindicatos Empresariais, a Fecomércio MG atua junto às esferas públicas e privadas para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo, a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais. Há 84 anos fortalecendo e defendendo o setor, beneficiando e transformando a vida dos cidadãos.
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